ONDE ESTÁ O SALVADOR DA PÁTRIA?



Pensando sobre a situação política brasileira acabei comparando com os velhos filmes de gênero western americanos. A cidade formada por covardes cidadãos, dominada por bandidos, contrata pistoleiro para eliminar os marginais, nomeando-o xerife. Depois, essa mesma comunidade é dominada pelo seu xerife, cujos covardes cidadãos resolvem contratar outro pistoleiro, mais perigoso, que os livre do primeiro. Enfim, jamais a cidade sairá do jugo de algum marginal que a domine, porque os seus cidadãos são covardes.
Em 1985, após o regime militar, escolhido por políticos, sem a participação popular, em manobra política nada democrática, assumiu a presidência da república José Sarney, que levou o Brasil ao maior desastre econômico de sua história. Daí, na busca daquele salvador que livrasse o país dos bandidos, em 1989, o povo elegeu Fernando Collor de Melo presidente, com a bandeira de “caçador de marajás”, que tomou posse em março de 1990 e foi expurgado em dezembro de 1992, porque o povo queria se livrar do “xerife” que escolhera para limpar o país.
No lugar de Fernando Collor assumiu Itamar Franco, que completou o mandato até o final de 1994, após fazer um grande acordo com as forças políticas dominantes, isto é, os caciques políticos de então que formavam o nefasto centrão.
No caminho do reequilíbrio econômico surgiu novo salvador para o povo, que foi Fernando Henrique Cardoso. O povo precisava de novo “xerife” para o proteger. Então o novo salvador assumiu a presidência da república e governou o país até o final de 2002. Acontece que o salvador também fez acordos com as facções do centrão, Dilapidou o patrimônio público em escandalosas privatizações, a dívida pública cresceu, o povo empobreceu e precisava de alguém que o salvasse daquele governo corrompido.
Daí veio o novo “xerife”, homem do povo, operário, socialista, comprometido com a classe trabalhadora, que governaria para os pobres. Em 2003 assume Lula como presidente do Brasil. O povo começou a receber benesses, a qualidade de vida do pobre melhorou, o Brasil cresceu, a economia estabilizou, o homem governou por oito anos. E mais, elegeu sua sucessora, Dilma Rousseff, que continuaria os anos de fartura. Assim, em 2010 o povo deu continuidade à felicidade, elegeu a “xerife” pupila do antecessor. Esta, por sua vez, governou até 2016, quando foi expurgada do cargo, porque o povo descobriu que os quatorze anos de fartura foram um grande engodo, pois havia se instalado no poder a maior organização criminosa da história, com bilionário esquema de corrupção. Os dois últimos “xerifes” comandaram criminosos que quase levaram o país à bancarrota.
Recebe a “estrela de xerife” Michel Temer, que completou o mandato da “presidenta” impedida. Porém, o novo xerife também era comprometido com as organizações criminosas da política, o centrão, jamais tendo qualquer aprovação popular.
O povo precisava de um novo “xerife”, que não fosse comprometido com organizações criminosas e tampouco com o socialismo corrupto e escravocrata. Em 2018 é eleito Jair Bolsonaro, político de baixo clero, sem nenhuma expressão, tosco e direitista. Em janeiro de 2019 assume a presidência da república com discurso honesto e anticorrupção. Que jamais negociaria cargos em troca da “governabilidade”. Nos últimos dias a imprensa vem divulgando que o presidente tem dialogado com os políticos do centrão...
Após esta breve narrativa histórica concluo por dizer que os brasileiros precisam ler a obra “Do Contrato Social”, de autoria do filósofo Jean Jacques Rousseau, publicada em 1762, a fim de entender que o povo deve, pessoalmente, exercer a democracia direta e deliberar a vontade geral, de modo que políticos e agentes públicos sejam colocados no seu devido lugar, o de serviçais desta.
 
Trata-se de obra de domínio público e pode facilmente ser acessada no seguinte link: