A penicilina foi o primeiro antibiótico amplamente utilizado na medicina, sua descoberta foi atribuída ao médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming em 1928, que juntamente com os cientistas Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey - que criaram um método para produzir em massa o remédio - ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1945. O fármaco está disponível desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso.
A cloroquina foi descoberta em 1934 pelo investigador da Bayer, Hans Andersag. Faz parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma lista das drogas mais eficazes, seguras e fundamentais num sistema de saúde. Está disponível como medicamento genérico.
Inúmeras pessoas foram curadas de infecções bacterianas com o uso da penicilina, mas outro tanto foi a óbito em razão de reações alérgicas ou ineficácia do fármaco em determinados tipos de bactérias.
Da mesma forma, outro tanto de pessoas foram curadas da malária com a utilização da cloroquina e também tratadas com sucesso em males como a artrite reumatóide e o lúpus. Recentemente tem sido utilizada como uma das drogas que combatem infecções viróticas pelo covid-19, o corona vírus.
Comparando os dois medicamentos, tanto um, quanto o outro, em alguns casos foram eficazes, em outros não, mas ambos podem provocar importantes reações adversas.
A grande diferença entre os dois está na hipocrisia dos movimentos políticos, que a toda hora estigmatizam o uso da cloroquina no combate à pandemia virótica em que nos encontramos. Há muito tempo a penicilina só pode ser ministrada com prescrição médica e rigoroso controle com retenção das receitas respectivas, mas a cloroquina, até poucos meses atrás, era comercializada livremente e até gratuitamente distribuída em regiões endêmicas de malária.
A mídia diuturnamente tem polemizado a utilização da cloroquina por não haver categórica certeza de sua eficácia, mas, por outro lado, não há certeza categórica de sua ineficácia. A única coisa que existe em torno do remédio é o pretexto político de atacar o governo, devido este haver adquirido o produto para distribuição à população, diga-se de passagem, de baixíssimo custo.
Mas a questão não está no medicamento e sim na polemização midiática de organizações políticas que perderam espaço em ganhos espúrios, na espoliação de instituições públicas, inclusive através dos partidos políticos. Porque o governo defende o seu uso, a oposição ferrenha tenta desconstruir sua eficácia com as piores condutas, até mesmo com estapafúrdias proibições por parte de governadores de Estados oposicionistas ao governo central, como também de prefeitos municipais afins.
Provavelmente a penicilina contabiliza mais casos de ineficácia ou de reações alérgicas que a cloroquina, mas nenhum resultado político se obterá contra o governo a sua divulgação. É lamentável que o jogo político venha comprometer a possibilidade de muitas pessoas serem tratadas com drogas que possam aliviar o sofrimento dos doentes, apenas porque demagogos e manipuladores intentam desconstruir um governo que os tem impedido de realizar transações espúrias em prejuízo do erário e da população.
Prof. Me. Lauro Rocha Reis