A questão da segurança pública é assunto recorrente entre especialistas, analistas, comunicadores e a população em geral, as estatísticas revelam números cada vez mais assustadores e a solução do problema parece impossível.
Para uns a causa está na educação deficiente, para outros na impunidade decorrente de sistema penal frouxo, alguns imputam à truculência dos policiais e ainda há os que culpam a miséria que leva os jovens ao mundo do crime.
A necessidade que as autoridades públicas têm de dar resposta ao clamor social resulta na adoção de nefastas medidas que, ao invés de solucionar o problema, agravam-no mais e mais.
Durante o regime militar bandidos, corruptos e socialistas radicais foram solapados pelo poder estatal, o que alimentou viciado discurso de liberdade plena, daí os pseudo perseguidos políticos, com a anistia ampla, retornaram ao cenário político e encontraram terreno fértil para construir a chamada constituição cidadã, hoje em vigor. Com a revisão constitucional o socialismo foi se enraizando no sistema jurídico pátrio e juristas de terceiro e quarto escalão começaram a desvirtuar a norma jurídica com interpretações casuísticas e sofísticas.
O sistema de ensino brasileiro se deteriorou até chegar aos piores índices mundiais, comparando-se a países onde a miséria e a fome predominam. Em nome de uma cultura libertina e promíscua, disseminou-se o vício e a dependência química atingiu índices pandêmicos. A corrupção dentro das instituições públicas municipais, estaduais e federal passou a contabilizar cifras bilionárias, verdadeiro descalabro.
As minorias poderosas, que sempre se beneficiaram desse sistema maligno, criaram regras e leis cheias de tecnicidades e dubiedades, de modo a protegerem os nefastos agentes da espoliação da sociedade brasileira. Medidas foram tomadas para que os cidadãos ficassem acuados e sem reação, como o advento do famigerado estatuto do desarmamento. Agora o povo assiste atônito à libertação de perigosos líderes de facções criminosas serem libertados por duvidosas decisões judiciais individuais de membros da mais alta corte de justiça do país, chancelando assim a fragilidade do Estado diante do crime e do abuso de direito.
As amarras são muitas, desde cláusulas pétreas insertas no texto constitucional, até criminosos travestidos de altas autoridades públicas. O mesmo casuísmo que foi utilizado para libertar um ex-presidente da república várias vezes condenado por crimes gravíssimos, agora está sendo usado para dar liberdade a perigosos líderes de organizações criminosas.
Já é hora do Brasil se libertar da hipocrisia e começar a recolocar o trem nos trilhos, a vida e a educação devem começar na família, mas sem deturpações. As escolas devem ensinar e orientar disciplinas curriculares, como português, matemática, história, geografia e ciências e parar de cooptar e ideologizar crianças e adolescentes, como fazem os criminosos. Os indivíduos que cometerem qualquer delito, mesmo os mais leves, devem ser exemplarmente punidos, de modo que a máxima “o crime não compensa”, seja realidade e não anedota de corredores. A legítima defesa, como instituto que remonta aos povos antigos, deve ter o devido valor no sistema jurídico, pois quem deve portar arma é o cidadão de bem, para defesa própria, da família e da sociedade, e não os bandidos. Disciplina deve estar no cotidiano, assim como o civismo e o patriotismo. Quer mudar o atual quadro decadente? Comece por não eleger criminosos e seus simpatizantes, faça sua parte.
Prof. Me. Lauro Rocha Reis