Todos os dias se ouve falar em democracia, no Estado democrático de direito, nos três poderes independentes e harmônicos, no funcionamento das instituições democráticas, como se isso fosse imperativo a todos, com franca supervalorização do Estado, em prejuízo do povo e do cidadão. Tal está na boca dos políticos e das autoridades públicas, discurso decorado e afinado.

Seguindo a teoria de Estado do filósofo Montesquieu, políticos de todas as facções partidárias e doutrinárias, bem como agentes públicos, exploram o mesmo discurso viciado no afã de se locupletar em prejuízo da população e dos cidadãos, e a hipocrisia se repete.

Em socorro, busca-se o pensamento e os ensinamentos do filósofo Rousseau, que pelo contrato social os cidadãos se unem em um único corpo coletivo, com vontade própria, denominada VONTADE GERAL.

A vontade geral é a verdadeira e pura manifestação da democracia, ou seja, os cidadãos se reúnem em assembleia e deliberam os rumos do corpo coletivo, determinam a organização e funcionamento do Estado e direcionam o comportamento dos políticos e das autoridades públicas.

Rousseau foi intensamente combatido pelas forças políticas e outros poderosos, pois o seu “contrato social” esclareceu as pessoas e sinalizou como impor a vontade geral sobre esses abusadores. Os políticos sempre procuram manipular e distorcer o verdadeiro sentido da democracia quando, de forma nefasta, defendem que a vontade popular só se manifesta no sufrágio dos votos nas urnas, ao escolher os representantes populares. Contrariando esse sofisma, Rousseau alertou que quando os cidadãos deixam de comparecer às assembleias e escolhem deputados que os representem, o Estado estará à beira da ruína, pois esses deputados o venderão.

A vontade geral se manifesta nas assembleias e manifestações populares e, quando expressiva na absoluta maioria de cidadãos, tem o poder de mudar os rumos do corpo coletivo e muito mais, pois pode alterar, extinguir e recriar o Estado e suas instituições, destituir maus representantes e escolher novos dirigentes da coisa pública.

Eis o motivo pelo qual tanto combatem manifestações populares, maus políticos e autoridades abusadoras ficam apavorados quando a vontade geral se manifesta e exatamente por estarem acuados e, com o apoio da mídia corrupta, espalham falácias e difamam os cidadãos, pregando possibilidade de atos de vandalismo e de violência.

Acontece que todas as manifestações espontâneas de cidadãos e de patriotas foram pacíficas e ordeiras, exibindo as cores do Brasil, o verde e amarelo, com o comparecimento maciço de crianças e idosos.

Atos de vandalismo acontecem quando a militância paga vai às ruas ostentando bandeiras e cores de partidos políticos e pseudo movimentos sociais, todos aparelhados por socialistas corruptos e exploradores do Estado, que dilapidaram o erário, quando estiveram no poder.

Há o aparelhamento nos três poderes da república, por parte dessas forças políticas corrompidas por organizações criminosas, que se instalaram nas instituições públicas. Todos os dias o povo presencia atos de abusos de direito e manipulação grosseira dos fatos, corroborados pelo comportamento tendencioso da imprensa caluniadora, da demagogia de Senadores e Deputados e da oligarquia que se instalou no Supremo Tribunal Federal.

Contra essas potestades é que o povo irá às ruas e manifestará a vontade geral, o que está deixando essas autoridades corrompidas e os maus políticos apavorados, haja vista que a democracia subjugará a demagogia e a oligarquia que instalaram no Brasil!

Prof. Me. Lauro Rocha Reis